Quando cheguei para almoçar em um restaurante que tem uma TV que está sempre ligada no canal gaúcho, fiquei curioso como seria a cobertura sobre o Avaí, que junto com o Brusque, são os únicos clubes catarinenses a jogar hoje. Pensei comigo: nos outros dias eles se fartaram em falar da máquina de lavar com a justificativa de que só eles jogaram no final de semana, mas hoje com certeza, vão falar um pouco sobre o Avaí. Que decepção, que amadorismo. Nenhuma imagem. Até do Brusque fizeram uma reportagem.
Será a poderosa está sem dinheiro para mandar um cinegrafista para lá? Será que não poderiam pelo menos apresentar um áudio com o repórter deles que foi pra lá? Ou será que não estão interessados? A torcedora e dublê de apresentadora leu apenas uma pequena nota falando apenas que o Silas disse pretende eliminar o jogo da volta (será?). Que desleixo com um clube que está representando o estado numa competição nacional. Acho que no próximo jogo na Ressacada, temos que tratá-los com a mesma atenção e carinho que eles têm demonstrado com o Avaí, se é que vocês me entendem!
Programas de debate
Pra completar meu sofrimento, resolvi escutar um pouco dos dois programas de conversa fiada que passa logo após o almoço. Como é triste ver que os caras não se dão nem ao trabalho de pesquisar um pouco sobre o que vão falar. Uns diziam que era a segunda participação do Vilhena na Copa do Brasil (é a quarta), outros que se o gramado fosse ruim poderia atrapalhar (o repórter que está lá não informou sobre isto?).
Não sabiam nada sobre o tamanho da cidade, o clima, o clube, nada. Bastava 1 hora (nem isso) na internet para descobrir tudo isso e muito mais. Não foi surpresa, pois já percebi que eles nem conhecem o regulamento do campeonato e muitas vezes nem sabem o nome de alguns jogadores ou onde eles jogavam antes.
É por isso que a gente pode afirmar que a imprensa daqui ficou para trás e não acompanhou a evolução dos clubes da capital. Usam os mesmos métodos e o mesmo discurso de 20 anos atrás. São amadores, e muitos deles no sentido exato da palavra, pois apenas fazem bico em programas e não possuem dedicação exclusiva para a profissão. Aliás, daqueles que trabalham em tempo integral na imprensa, dá para contar nos dedos aqueles que respiram apenas esportes (nem estou exigindo somente futebol). Para completar o ganha-pão precisam fazer de tudo, seja programa de rádio que fala de tudo um pouco ou preenchendo buraco nas programações de TV fechada.
Eta gente ruim de microfone.
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