O ano avaiano foi, no meu ponto de vista, bom. Não chegou ao
ótimo pela não ascensão para a série A, mas está longe de ter sido ruim,
principalmente pela conquista do estadual. Vamos então analisar os fatos do
ano:
Campeonato Estadual
Conquistar a taça na casa do maior rival! Existe maneira
melhor de vencer o campeonato? Acho que não. Então neste caso não existe nota
menor do que 10 para a atuação do time e da diretoria.
Não me importa se no meio do caminho o time conseguiu a
proeza de perder para o time do Camboriú ou teve que trocar de técnico. Não
consigo entender os nhe-nhe-nhens de quem desdenha ou tenta diminuir a
conquista. Não existem mas ou poréns que possam empanar esta vitória.
Parabéns a todos que ajudaram na conquista e na retomada da
hegemonia estadual.
Série B
Não foi o desempenho que a gente sonhava, mas era o que
muitos esperavam. Foi um desastre? Nem tanto, basta saber que Goiás e Vitória
que subiram este ano, haviam caído em 2010 e no ano passado, ficaram em 11º e 5º,
respectivamente. É claro que para quem acha que o Avaí tem a mesma grana de Corinthians,
Vasco ou até o Atlético Paranaense, foi um absurdo não ter subido já este ano.
Se o Cléber Santana tivesse ficado o Leão poderia ter
subido? Poderia, mas não há como garantir. Então, somados e diminuídos todos os
pontos a favor e contra, dá para dizer que o desempenho foi razoável,
terminando em 7º lugar.
Para combinar, ganha nota 7.
Base
Campeão Citadino Infantil, Campeão Estadual Mirim, Infantil e
Juvenil, Campeão da Avaí International Cup, melhor colocação de um catarinense
do Brasileiro sub-20, além de títulos em outros torneios. Várias vitórias em
cima do maior rival (a última em pleno Remendão , na decisão do Estadual Juvenil). As
únicas derrotas nos torneios locais foram no Citadino Juvenil (foi vice) e no
Estadual Júnior (foi 3º).
Quando o time perdia todas para o rival, era manchete e
motivo de chacota. Agora que ganhou quase tudo, é um silêncio e um descaso incrível
por parte da imprensa e de muitos blogueiros ácidos e corneteiros.
Parece que aquele abandono às categorias de base que a
diretoria era acusada, é coisa do passado. É claro que ainda tem muito a
melhorar, pois as conquistas estaduais são apenas um primeiro passo para aquilo
que o clube precisa que é preparar atletas para a categoria profissional. Por
isso, ganha nota 9.
Estrutura do Clube
O estádio continua bonito, mas não se viu mais nenhuma ação
para ampliar a cobertura ou a capacidade do estádio. Os campos de treinamento
continuam os mesmos e também nada mais se falou num novo centro de treinamento.
O estacionamento junto ao estádio continua a mesma bagunça de sempre: uma hora é
só para conselheiros, outra hora é liberado para os sócios.
Passa com a nota mínima.
Diretoria
O episódio da rebelião dos atletas (na saída do Arini), os
salários atrasados e a greve do treinamento marcaram negativamente a diretoria
neste ano.
No primeiro caso, não sei bem se foi falta de comunicação,
falta de habilidade da diretoria, esperteza do Arini ou insubordinação dos
atletas mesmo. Os atletas estavam com a faixa no peito e decidiram enfrentar o
presidente. É claro que se tivessem perdido a decisão, iam ficar quietinhos no
canto e não iam mostrar sua insatisfação pelo afastamento do gerente de
futebol. Acho que podem até ter feito o certo, mas na hora e lugar errado. Não
tenho simpatia pelo Marcelo José, mas o Arini era execrado por 10 de cada 10
avaianos. Virou santo e competente depois da chegada do arroz paulista.
Os outros dois momentos foram gols contra da diretoria. É
certo que não é tão fácil assim manter um time como pensam, mas atrasar salário
é pedir para não conseguir os resultados esperados. Já não dá para exigir dos
atletas mais do pouco que muitos deles sabem jogar, ainda mais faltando o faz-me-rir.
Para estes casos, nota zero. Como a montagem do time que foi campeão e o sucesso da categoria de base é também de sua responsabilidade, a nota sobe para 5.
Média Final
A média não é aritmética nem ponderada, mas fruto da minha
observação. O ano avaiano não foi todo azul, como em 2009, mas teve muito mais
coisa boa do que ruim. Apesar das mazelas da diretoria e dívidas do clube, não
dá para negar o bom desempenho no ano. Acho que mesmo que subisse para a série
A, o tom das críticas não seria muito diferente, com as trombetas anunciando a provável
queda para a B.
As conquistas do estadual e das categorias de base fizeram a
média subir. O desempenho da série B pouco diminui a nota final, mas as
besteiras da diretoria baixam sua média.
Nota final: 8
Gostei muito de sua avaliação...
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