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terça-feira, 26 de abril de 2011

Repercussão da vitória avaiana na mídia daqui

Ary Barroso, além de compositor, foi um narrador esportivo conhecido pelo seu fanatismo e parcialidade pelo Flamengo. Diz a lenda, que num jogo no Maracanã em que o Flamengo perdia para o Bangu por 6x0, faltando pouco minutos para seu fim, apareceu um torcedor querendo comprar um ingresso para o jogo. O cara da bilheteria não entendeu porque o torcedor queria entrar no estádio naquele altura do jogo e explicou que os ingressos não estavam mais sendo vendidos porque o jogo estava acabando. Aí o torcedor respondeu: Quem disse que eu vim para ver o jogo? Quero ver é a cara do Ary Barroso.

Esta pequena introdução é para explicar que desde ontem a noite, venho acompanhando a repercussão que a mídia, principalmente a gaúcha, deu a vitória do Avaí, coisa que normalmente eu não faço, pois prezo pelo bom uso do meu tempo livre.

Naquele programa dos três patetas de domingo à noite, era visível o desconforto dos rapazes e a alegria falsa do anão. Tentaram mostrar um ataque dominante (mas infrutífero) do time das letras. Queriam explicar o inexplicável.

Na capa do DC desta segunda, o destaque era para uma notícia política. Até parecia que o jogo de domingo tinha sido entre dois times desconhecidos e sem importância para a cidade. O título, numa fonte de tamanho tímido, só dizia: "A volta do sonho do tri". Há 20 dias atrás a manchete era "Na casa do rival é mais divertido", com o placar em negrito. Que diferença.

O programa de esporte do meio-dia (e aí a história do Ary Barroso se encaixa bem), com uma menina alvinegra sem graça, tratou do assunto com uma superficialidade e rapidez que mostrava o quanto eles estavam incomodados em falar do assunto. Se o resultado fosse outro, era o programa inteiro dedicado ao jogo, com entrevistas com jogadores, torcedores, presidente, etc.

No programa de bate boca que eles fazem após o almoço, falaram mais do derrotado do que do vencedor. Neste caso, eles são tão ruins que acho que até o torcedor rosado não gosta deles.

E finalmente, no programa do Tico e do Teco, depois de uma rápida apresentação dos melhores lances, muita discussão e replay em câmera lenta e congelamento de imagem para tentar provar que houve pênalty do Marquinhos. Depois disso, muita falação sobre a brocolândia.

Também escutei um pouco na outra rádio, cujos comentaristas também são muito ruins, a começar pelo dublê de apresentador e comentarista, cujas cores preto e branco não consegue disfarçar. Perderam o discurso que estava pronto. Devem ter ficado matutando o que iam falar hoje.

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