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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Café com Brócolis

A partir da postagem "Um avaiano no Café com Brócolis" no blog Avaixonados (http://www.avaixonados.com/2011/01/um-avaiano-no-cafe-com-brocolis.html) começou uma discussão na blogosfera avaiana sobre a iniciativa do time de lá e seu relacionamento com a rapaziada alegre da imprensa.


Em relação à postagem, é muita soberba (do jornalista) chamar os outros de burro. Por outro lado, parece ser típico de quem trabalha na imprensa, que de modo geral, se acham donos do conhecimento e da razão em todo e qualquer assunto. Dizem que o médico pensa que é Deus, já o jornalista... tem certeza.

Já em relação ao evento, o passado recente do time das letras dá margem para dizer que a apresentação da diretoria executiva é apenas uma desculpa para cooptar os "isentos profissionais" da imprensa da capital.


Concordo quando dizem que os corruptos não precisam de café para ser cooptados. Entretanto, mesmo os bem intencionados podem ficar "desmotivados" em falar o que poderiam, já que podem receber uma "recomendação" em moderar na crítica aos vegetais, por pior que estejam, e detonar o céu azul, sempre vendo nuvens cinzentas a rodear o estádio mais bonito de Santa Catarina. Já vimos isto acontecer.


Quando o Avaí estava na B e o lado de lá estava na A, a desculpa para dar maior tempo para o lado preto era a importância dos jogos. Do mesmo modo, tentavam (ou até inventavam) mostrar todas as feridas do Avaí, dizendo que ser jornalista é ter compromisso com a verdade. O tempo passou, a situação se inverteu, mas o que se viu foram críticas constantes ao desempenho do Avaí na série A e muito incentivo para a turma que nem conseguiu passar da C no campo.


No passado o clube precisava da imprensa para divulgar suas atividades, seus jogos, suas notícias, etc. e a imprensa se comportava como se estivesse fazendo um favor para os clubes. Por isso, muitos destes profissionais ainda pensam que devem ser tratados a pão-de-ló, já que na cabeça deles, o clube tem mais é que ficar feliz com a presença deles.


Eles ficaram presos ao passado, pois hoje em dia a situação é um pouco diferente. Apesar da importância que a imprensa ainda tem, principalmente pelo rádio e TV, a balança está mais equilibrada. A imprensa precisa do clube tanto quanto o clube precisa da imprensa, ainda mais que o Avaí cresceu, está na série A, já tem uma visibilidade nacional, enquanto os programas de notícias e debates continuam do mesmo jeito que da época do Adolfo Konder, e vários profissionais ainda pensam que estão naquela época.

Houve um crescimento na qualidade, na importância e no profissionalismo do Avaí, mas não se vê o mesmo crescimento por parte do jornalismo esportivo da capital. É bem verdade que há mais espaço na mídia, com programas de debates no rádio e de notícias na TV paga, mas a qualidade ainda não condiz com o patamar alcançado pelo clube. Como pode alguém trabalhar nesta área e não saber o regulamento do campeonato ou não estar em dia com todas as notícias dos clubes da capital (e são apenas 2). Eu já escutei tanto besteira e desinformação que cansei de assistir.


É importante para o clube manter um bom relacionamento com a imprensa, mas deixando claro que é independente e não se submete a qualquer tipo de pressão para satisfazer a vontade dos ditos profissionais da imprensa. Cabines de imprensa adequadas e uma sala de imprensa confortável é tudo que o Avaí precisa disponibilizar para eles. Liberar alguns momentos para registrar o treinamento e entrevistar jogadores e comissão técnica, a critério do Avaí e não dos jornalistas, também não é nada demais. De resto, nada de mimos (no máximo a revista do Avaí) e a divulgação das notícias através do site oficial do clube. Aliás, é interessante como os jornalistas não criticam o clube quando eles dão o furo. Agora, se é o concorrente, ou pior, se é um blogueiro, aí o tempo fecha e os dirigentes viram amadores.


Para finalizar, muitos dos que criticam a diretoria avaiana em não fazer o mesmo que o time do estreito, malham a diretoria por qualquer coisa que faça em parceria com os gaúchos. Já li muitos blogs dizendo que a diretoria deveria proibir a entrada de fulano ou de sicrano no estádio. Como é que vai se aproximar da imprensa com uma atitude desta? Pode até exigir que se o dito cujo não está escalado para o jogo, tem que pagar ingresso, mas nunca querer proibir a entrada ou fazer pressão para que determinado profissional não possa trabalhar em um jogo na Ressacada. Temos que ter coerência.


Já escutei muitas barbies dizendo que a maioria da imprensa, principalmente da emissora gaúcha é avaiana. Olha, eles podem até ter sido avaianos, mas não são mais, porque o avaiano de verdade, mesmo profissional da imprensa, não aceita mentira e não faz este jogo de cena com o time brocolense como fazem.

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