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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jogando para torcida


Não, eu não estou falando de jogadores ou dirigentes. Estou falando de quem emite opinião, seja da imprensa ou da blogosfera.

Sabendo que a torcida está insatisfeita (e com toda razão) com a situação do time e que boa parte dela é que nem biruta de aeroporto, muitos utilizam seu espaço apenas para fazer críticas, talvez na esperança de que é isto vai lhe dar mais audiência ou credibilidade. Não existe espaço para otimismo ou para elogios. Isto poderia arranhar a imagem de “quem realmente quer o bem do Avaí.”

Muito (e muito mesmo) do que a diretoria fez este ano é merecedora de críticas. Entretanto, mesmo num ano repleto de erros, sabe-se que existem acertos. Quando se perde o critério da crítica, não sabendo diferenciar o que deve ou não ser criticado, quando se fala mal porque todo mundo está fazendo isto, aí a credibilidade do autor vai para o ralo.

Aí não se sabe mais se é uma crítica válida ou apenas mais uma jogada de marketing. Se de fato tem alguma errada ou mais um boato reforçado pelos birutas de aeroporto. Às vezes a vontade de criticar é tanta, que nem se tem o trabalho de verificar a veracidade da informação. O importante é criticar, porque se alguém falou algo de ruim do Avaí, só pode ser verdade.

É só ver o caso do suposto segundo cartão amarelo do Lincoln. A própria imprensa caiu de pau na diretoria, sem verificar se a informação estava correta. E ainda teve dublê de comentarista criticando a diretoria por não tê-los corrigido. É brincadeira? Os caras erram na divulgação de uma informação (que é a matéria prima deles) e ainda querem colocar a culpa nos outros.

Assim como no nosso dia-a-dia, antes de passar uma informação adiante deveríamos sempre usar as três peneiras, atribuídas a Sócrates: verdade, bondade e utilidade. Como teria dito o sábio filósofo: “se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.”

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