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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Jogando contra o próprio time

Respeito a opinião de todos que criticam o Benazzi e até daqueles que fazem campanha para derrubá-lo. Como já escrevi, eu não teria renovado o contrato dele para este ano, pois acho um técnico limitado, que usa muito as entrevistas para se justificar e passar recado e que parece (não tenho certeza) se desgastar facilmente com os jogadores. Entretanto, já que a diretoria resolveu continuar com ele, agora que o baile começou, não acho que seja hora de trocar de treinador.


Não é a primeira vez que uma torcida (não só a do Avaí) não gosta de um treinador e faz pressão para a diretoria mandá-lo embora, não importam os resultados. Para piorar, a imprensa começa a fazer aquela intriga costumeira, tipo, “uma fonte de dentro do clube (que eu não posso falar quem é) me garantiu que tem jogador que nem fala com o técnico”. E tem gente que acredita. O final é sempre o mesmo: a diretoria fica a espera de maus resultados para justificar a mudança. Porém, se esperar pelos resultados ruins, daí a vaca pode já ter ido pro brejo e adeus tricampeonato. Por outro lado, quem garante que uma mudança no comando agora, antes dos maus resultados voltarem a acontecer, podem transformar o Avaí na máquina que alguns acham que é por conta do elenco que tem?


É o dilema do Caetano: vamos ser campeões com o Benazzi, ou não. Vamos ganhar o caneco se trocarmos de treinador, ou não. Ninguém pode garantir nada.


Esta lua de fel que o Benazzi tem a com a torcida do Avaí não vai acabar nunca. Vários blogs escreveram que foram os jogadores e a torcida que mantiveram o Avaí na série A, o que eu não concordo. Se o Benazzi não teve nenhuma importância, por que queriam tirar o Edson Neguinho? É claro que os jogadores, em primeiro lugar e sem dúvida a torcida, tiveram papeis fundamentais em nossa permanência, mas não considerar a figura do treinador é ser muito teimoso. É inverter a lógica do WL, do eu ganho, nós empatamos e eles perdem, que para a torcida do Avaí em relação ao Benazzi é a seguinte: os jogadores com a torcida ganham, eles empatam, mas quem perde é só o Benazzi.


Olhando para o ano passado, vejo o comportamento da torcida muito parecido com o Chamusca. A diferença é que ele era calmo e educado, parecia acreditar no que estava fazendo e não dava muito bola para o que falavam. E o Avaí foi bicampeão, “apesar” dele.


Como sempre torço para o Avaí ganhar, automaticamente estarei torcendo para o Benazzi fazer um bom trabalho. Neste segundo turno, ele não tem mais desculpa para falar de entrosamento ou tempo para treinar, pois vai ter 10 dias até o próximo jogo (depois do Concórdia), que é contra o Vilhena, no dia 23. Se fizer bobagem, entrarei no bloco do pessoal do impeachment.

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